Não se deixe enganar: Muitos homens ainda confiam no ‘está ótimo’ do vendedor da loja de ternos e acabam saindo péssimos do provador. Por isso, antes de se entregar cegamente à opinião de quem se preocupa mais com o seu cartão de crédito do que com a sua aparência, saiba como escolher um bom conjunto por conta própria.
O terno perfeito, obviamente, é aquele que exige o mínimo de reparos possível no paletó (na calça, eles são mais inofensivos). Mas não apenas porque você terá menos trabalho no alfaiate: ajustes, mesmo os pequenos, podem minar toda a proporção da peça.
Um dos casos mais comuns é quando o blazer fica comprido demais. O corte do tecido excedente diminui a distância entre o bolso e a barra, que deve ser sempre folgada. A mesma coisa acontece no ajuste da altura da manga. Neste caso, o caseado (aquela fila de botões) é que se aproxima muito da barra. Quem 'manja' de terno logo percebe.
Para evitar reparos e seus efeitos colaterais, boas lojas oferecem três variações de tamanhos para cada numeração. Por exemplo, um 42 é sempre acompanhado do 42 P, 42 M e 42 G. Se nenhum modelo servir, não caia na conversa do ‘é só dar um pontinho’. Troque de loja.
Em suma, estes e outros detalhes são importantes:
BOLSOS
A distância entre o bolso e a barra do paletó precisa ser bem folgada. Ajustes malfeitos diminuem este espaço.
MANGAS
Com os braços estendidos ao longo do corpo, as mangas devem ir até o punho, sem cobrir a mão – mas sem mostrar a camisa.
COSTAS
Quando a costura e o acabamento são malfeitos, surgem ‘ondas’ nas costas do paletó – mesmo com o tronco ereto.
CASEADO
A fila de botões nas mangas também não pode ficar muito próxima da barra, o que é comum em consertos equivocados.
ATÉ ONDE?
Deixe o braço estendido ao lado do corpo e dobre os dedos, segurando a barra do paletó. Ela deve tocar o meio dos dedos.
CALÇA
Não pode ficar ‘empapada’ no sapato. A referência para a barra é a linha do salto, na parte de trás do calçado.
(Leonir Santos)
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